Trago no coração a dureza da jornada
E o cansaço de esperar eternamente
Por algo que não vem e a que fujo, assustada,
Destruindo ilusões que a minha alma já não sente.
Fujo à esperança na fadiga desta estrada
Que percorro a passo lento, erroneamente…
Há algo que desejo e que de mim me traz ausente,
Numa espera que destrói e se transforma em mero nada.
Sou azul num céu vermelho, água em fogo,
Penumbra de uma luz onde me jogo
E me atiro cegamente... pra não ver
Que me canso em existir, em ser quem sou… e tudo
Que não quero mora em mim, prendendo-me a um jugo
Nas cadeias de uma espera que me atou a um vão viver…
(Felipa Monteverde)
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
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