Olá, seja bem-vindo.
Este blog foi criado no dia 21 de Janeiro de 2010. Será um blog onde apenas publicarei sonetos, nada mais do que sonetos. Espero que os apreciadores deste estilo de poesia me visitem e comentem, façam críticas, para eu melhorar o que tiver de ser melhorado e me alegrar com o que estiver bem feito. Obrigada. FELIPA MONTEVERDE

terça-feira, 2 de junho de 2015

Soneto de amor

Quero escrever um poema que fale de amor.
Não do amor que mata mas do amor que constrói.
Que faz a vida acontecer e atravessa o mar e a dor
E que mesmo doendo é um doer que não dói.

Quero escrever um poema que fale de amor.
Do amor que encanta… que eleva e não destrói...
Que sem temer arrisca... que é mais calor e ardor
Do que outra pessoa algum dia nos foi.

Quero escrever sobre um amor assim, apaixonado
como ninguém ainda viu. Um poema enamorado
e que enamore quem o ler. Livre de penas.

Que faça esquecer as dores e as mágoas passadas...
Que apague tantas lágrimas já choradas...
Que seja o mais extasiante dos poemas...

Felipa Monteverde

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Essência

Tarde no tempo percebi sentidos
Que o luar escondia e eu não procurava.
Era assim como um favor que eu recusava
Para não perceber males temidos.

Males que a minha alma quase adivinhava.
Maleitas que aumentavam meus suspiros.
E tarde no tempo percebi esses sentidos
De que o coração me avisava.

Ele bem tentava, em vão, que eu ouvisse
A razão falar à consciência.
Que eu ouvisse a voz da tua ausência

E males e maleitas pressentisse.
Mas eu não ouvia... E essa voz tudo disse...
Sem que eu percebesse o sentido ou a essência...

Felipa Monteverde

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O amor enviou-me uma mensagem

O amor enviou-me uma mensagem
daquelas que não queremos receber.
Daquelas que apagamos a correr
como quem atira ao ar uma miragem.

O amor enviou-me uma mensagem
mas nem sei bem por que o fez
por que teve a ousadia, a altivez,
o atrevimento e sacanagem...

Eu jamais quereria recebê-la
a essa mensagem que abomino
e que abri e li por distração...

Mas abri-a... como quem abre a janela
ao ouvir os passos do destino
que nos vem dilacerar o coração...

Felipa Monteverde


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Loucura



Escrevo-te na noite… na alegria
Que a escuridão sempre me traz…
Em ti penso… depois de todo o dia
Iludindo o coração… que não tem paz…

Escrevo-te na noite… a fantasia
Desperta a lembrança que em mim jaz…
Iludo o coração… que não sabia
Que havia ilusões… nem sempre vãs…

Ao escrever-te, nesta noite escura,
Deponho o que sinto e o que padeço
Neste papel… confesso esta loucura

De te amar e querer a qualquer preço…
Que por um só carinho, um gesto de ternura
Vivo ansiando tanto… que enlouqueço…

Felipa Monteverde

Vagamente


Apaixonada… eu?! Francamente, talvez…
Ou não… sim… estarei… quem sabe…
Meu pensamento chora e tu não vês
Por fora só mostro felicidade…

Pedindo, interiormente, que me dês
A tua presença… a tua amizade…
Se apaixonada estou? Não sei, talvez…
Mas vagamente… sem ter muita vontade…

Não gosto de amar… amar alguém
É espada apontada ao nosso peito
Que nos trespassará o coração…

Por isso, não amo ninguém.
Mas vagamente… talvez… haverá jeito
De apaixonada estar. Ou talvez não…

Felipa Monteverde

Submissão


Submeto-me à vontade do destino
Que me trava o caminho e o andar.
Obedeço a um impulso do divino
Que não me deixa naufragar.

Submeto-me a este andar peregrino
Pela vida que percorro sem pensar;
Obedeço ao instinto e ao divino
Que guiam o meu caminhar.

Desconheço o porvir e o alimento
Obediência é a minha estrela-guia.
Nada busco, tudo nego ao pensamento

E ele me nega a vontade e a fantasia…
Submeto-me ao capricho de um momento,
Um instante que o futuro não previa.

Felipa Monteverde

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Duro punhal

Veio o tempo visitar-me, falar-me ao ouvido.
Ouvi... mas sem muita vontade...
Não me apetecia escutar a verdade
Sobre certas mágoas que na vida tenho tido...

Falou. O que me dizia eu ouvia p'la metade
Apesar de ele dizer que era tudo em bom sentido...
Mas deixar um coração assim ferido
Não pode ser tomado por bondade...

E falava... teimava em recordar-me
Todas as vezes em que me deixei
Iludir... por amor ou por paixão...

Falou-me de ti... assim a espetar-me
Mais um duro punhal... entre tantos que juntei
E que ainda guardo no meu coração...

Felipa Monteverde