Olá, seja bem-vindo.
Este blog foi criado no dia 21 de Janeiro de 2010. Será um blog onde apenas publicarei sonetos, nada mais do que sonetos. Espero que os apreciadores deste estilo de poesia me visitem e comentem, façam críticas, para eu melhorar o que tiver de ser melhorado e me alegrar com o que estiver bem feito. Obrigada. FELIPA MONTEVERDE

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mero nada

Trago no coração a dureza da jornada
E o cansaço de esperar eternamente
Por algo que não vem e a que fujo, assustada,
Destruindo ilusões que a minha alma já não sente.

Fujo à esperança na fadiga desta estrada
Que percorro a passo lento, erroneamente…
Há algo que desejo e que de mim me traz ausente,
Numa espera que destrói e se transforma em mero nada.

Sou azul num céu vermelho, água em fogo,
Penumbra de uma luz onde me jogo
E me atiro cegamente... pra não ver

Que me canso em existir, em ser quem sou… e tudo
Que não quero mora em mim, prendendo-me a um jugo
Nas cadeias de uma espera que me atou a um vão viver…

(Felipa Monteverde)

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonito este poema, parabens!! gostei muito.
MCL

JB disse...

É esse o problema... na espera contínua deixa de se viver, fica-se parado.

Belo poema e espaço!

Parabéns!

Beijinho