Na música a minha alma se eleva
Sobe para o céu e lá flutua;
Pairando entre as estrelas e a lua
Ela se acomoda… e serena...
Gosto de todo o tipo de música;
De tudo, conforme em mim se enleva…
Conforme a disposição ela me actua
E a alma voa… leve como uma pena…
Quando oiço música, eu me elevo e ponho
Num mundo de encanto e de sonho:
Sou princesa de um reino de além-mar…
Sou rainha, sou até imperatriz…
Sou dona de um mundo como eu quis,
Um mundo que só tenho a sonhar…
(Felipa Monteverde)
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Como jóia que tragas contigo

Um soneto, para verdadeiramente o ser, tem de cumprir algumas regras. Antes de saber isto já eu criava alguns, que depois abandonei ao descobrir a questão das rimas e afins... Mas hoje lembrei-me deste, que estava abandonado num caderno amarelecido, a propósito do aniversário da minha amiga Helô. É que não consegui escrever mais nada, desde então, que defina o que penso a respeito da verdadeira amizade. E resolvi publicá-lo mesmo assim, com os seus defeitos, porque me agrada e sei que a Helô também vai gostar e perdoar estas pequenas imperfeições.
Parabéns pelo aniversário, querida amiga!
Como jóia que tragas contigo
Amigo, se tu tens um amigo
Estima-o, pois vale um tesouro;
Um amigo vale mais do que o ouro,
Podes crer nisto que eu te digo…
A amizade é tesouro sem preço
Muito vale um amigo sincero…
São amigos assim que eu quero
Que os outros depressa os esqueço…
Amigo, se tu tens um amigo
Estima-o, como bem precioso
Como jóia que tragas contigo…
Um amigo é algo valioso
E tão raro… por isso te digo:
Se o tens és sortudo e ditoso!
(Felipa Monteverde)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Doce meta

(Dedicado a Florbela Espanca, a minha musa)
Fosse eu uma linda flor plantada
Nos jardins do teu peito, meu amor!
A flor mais bela, a mais apreciada,
A mais bonita, com a mais linda cor…
Fosse eu a borboleta alada
Que esvoaça em teu olhar, ao teu redor…
Borboleta feliz, de mil cores pintada
Voando em tua alma, meu amor…
Fosse eu a flor… aquela borboleta…
E seria feliz, seria tão feliz só por te ter
Por em ti conseguir assim viver...
Feliz!... Contigo ser feliz!... Fantasia secreta,
Desejo transformado em doce meta,
Nascido por te amar, só por te conhecer!…
(Felipa Monteverde)
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Manta de retalhos
Uma manta de retalhos é a minha vida
Pedaços e pedaços a compõem;
Uma manta rota e amarelecida
Pelos tempos já passados que a corroem.
É uma velha manta, descosida,
Rasgada pelas traças que a destroem
E que vão destruindo toda uma vida,
Pedaço a pedaço, dilaceram e moem…
Embrulhara-me eu um dia nessa manta
Esses retalhos foram meu conforto
Cada um foi um caminho da jornada…
Agora descosida, ainda mais encanta
E nela me embrulho, junto ao Horto
Que já mostra o final da caminhada…
(Felipa Monteverde)
Pedaços e pedaços a compõem;
Uma manta rota e amarelecida
Pelos tempos já passados que a corroem.
É uma velha manta, descosida,
Rasgada pelas traças que a destroem
E que vão destruindo toda uma vida,
Pedaço a pedaço, dilaceram e moem…
Embrulhara-me eu um dia nessa manta
Esses retalhos foram meu conforto
Cada um foi um caminho da jornada…
Agora descosida, ainda mais encanta
E nela me embrulho, junto ao Horto
Que já mostra o final da caminhada…
(Felipa Monteverde)
Opressão
Intimidas-me, tenho medo, não me sinto
À vontade estando na tua presença;
Tua voz soa-me tal e qual sentença,
Intimidas-me e eu me calo e consinto…
Tenho medo, medo de ti, da tua voz
Autoritária, opressora, sem carinho…
E pra esquecer tua presença em meu caminho
Eu me alheio… e assim já não tenho algoz…
Intimidas-me com teu ar tão opressor
Sempre sério, autoritário, que me prende…
E eu voo em liberdade, como um condor,
Voo livre, em alto céu e em chama ardente…
E me queimo e me vou ao seu calor
Pra não ouvir a tua voz tão deprimente…
(Felipa Monteverde)
À vontade estando na tua presença;
Tua voz soa-me tal e qual sentença,
Intimidas-me e eu me calo e consinto…
Tenho medo, medo de ti, da tua voz
Autoritária, opressora, sem carinho…
E pra esquecer tua presença em meu caminho
Eu me alheio… e assim já não tenho algoz…
Intimidas-me com teu ar tão opressor
Sempre sério, autoritário, que me prende…
E eu voo em liberdade, como um condor,
Voo livre, em alto céu e em chama ardente…
E me queimo e me vou ao seu calor
Pra não ouvir a tua voz tão deprimente…
(Felipa Monteverde)
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