Eu quero e não quero ser aquilo que sou
Quero e não quero o que queria ser…
E tanto que o quis que o querer acabou,
Sem querer e sem ser como queria viver.
Não quero o que quero e não posso ter…
Não posso querer o que alguém me vedou…
E me vedo o querer, na ânsia de saber
Que não vivo e não quero e a alma o desejou…
Eu sei o que posso e não poderei ter…
Sei o que posso e não devo sonhar…
E vivendo assim, conhecendo o querer
Sonhando estou… sem querer nem cuidar
Que vivo e não vivo por não o saber,
Que quero e não quero deixar-me matar…
(Felipa Monteverde)
domingo, 2 de janeiro de 2011
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2 comentários:
Explêndido, ritmico e magistralmente escrito, na minha humilde opinião! Aliás como todos os seus sonetos que li.Um abraço
Eu sei o que quero e não quero saber
sei de ti e de mim e o resto esqueço
que isto de amar e a amar aprender
é manobra tão louca que por ela enlouqueço...
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