Eu sou o acre pó da tua estrada,
O verme mais nojento, rastejante...
Sou a triste essência de ser nada,
Um pequeno avo, algo insignificante…
Eu sou aquela flor já desfolhada,
Uma ilusão que passou num só instante…
Sou a promessa mil vezes já quebrada
E esta imensa dor dilacerante…
Sou a terra que desprezas e que pisas,
Sou o que tu não queres nem precisas,
Sou as pedras da calçada em teu caminho…
Sou o que não tem valia nem valor,
Tudo o que há de indigesto, de pior...
Sou um cacto… uma chaga… um espinho…
(Felipa Monteverde)
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
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