Moro num castelo de espuma à beira-mar
Construído com as dores que alcancei…
Pedras tão dolorosas, num penar
Que em mim morava e que um dia arranquei.
Nesse castelo condenei-me a ir morar
Sozinha… jamais a alguém encontrei
Que comigo o quisesse partilhar…
Todos recearam essas dores que mostrei.
Moro em meu castelo, na espuma dolorida
Que envolve os meus sonhos ao luar…
Sozinha vivo bem a minha vida
Não sinto a falta de contigo estar…
Sou castelã das dores na areia ressequida
Onde as vagas dos meus medos me prometem embalar…
(Felipa Monteverde)
domingo, 25 de abril de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Castelã das dores...
esta imitação de Florbela (castelã da tristeza)
transporta-nos a um reino onde as pedras são metáfora dolorosa.
Enviar um comentário